Prefeito Zico poderá criar um rombo nas finanças da Prefeitura de Alcobaça
Fim de ano nebuloso para a política de Alcobaça. As últimas atitudes do atual prefeito estão gerando descontentamento na população e desconfiança em líderes e gestores. Zico de Baiato (PROS) decretou Situação de Emergência no Município e logo depois, enviou para a Câmara Municipal pedido de aprovação de projetos para empréstimos milionários em nome da Prefeitura.
A questão é que com o Decreto de Emergência a Prefeitura já consegue gastar recursos do Município sem ter que cumprir o trâmite que costuma existir para uso do dinheiro público. Com a Situação de Emergência há uma liberação de questões formais de comprovação de gasto.
Logo, políticos e gestores estão questionando a real necessidade da liberação do empréstimo. Afinal, o Decreto facilita as contratações e aquisições. Apesar disso, o prefeito ainda pleiteia endividar a Prefeitura em mais R$ 39 milhões, sem que tenha apresentado, de forma consistente, estudos assegurando que a Prefeitura poderá quitar a dívida.
Esse pedido de empréstimo, além de ter sido antecedido pelo Decreto, aconteceu menos de dois meses depois do escândalo do precatório do Fundef, quando professores tomaram a Prefeitura indignados com o prefeito que, depois de garantir que entregaria para a classe os valores provenientes, acabou gastando o dinheiro em outros fins. À época, a Prefeitura chegou a emitir explicações de que parte do valor teria sido utilizado em reformas na área da Educação, o que não satisfez os professores.
“Todo gestor, assim como todo o pai e mãe de família responsável, sabe que antes de gastar dinheiro, primeiro é preciso fazer contas e ter a certeza de que poderá pagar”, exemplificou o Agnaldo da Saúde, ex-vereador e ex-chefe de Gabinete de Teixeira de Freitas.
Agnaldo, que mora na zona rural de Alcobaça, levanta a questão da responsabilidade: “neste momento delicado é preciso que todos atentem para a responsabilidade com o Município e o que virá. Os servidores ainda precisarão dos seus salários garantidos, as crianças precisarão de escolas e merenda, a população vai continuar precisando de atendimento médico e de remédio. São coisas inegociáveis. É questão de responsabilidade e respeito”, pontuou o político, demostrando preocupação com o futuro da economia no Município, caso os gastos sejam realizados sem critério.
Para que o empréstimo seja concretizado, os vereadores terão que votar a favor dos projetos enviados pelo prefeito.
Por: Ascom